2,9 milhões de trabalhadores pediram demissão de janeiro a maio deste ano

15/08/2022



Apesar da taxa de desemprego acima de dois dígitos e das dificuldades de se recolocar no mercado de trabalho que a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras enfrenta, de janeiro a maio deste ano, 2,9 milhões de pessoas pediram demissão para correr atrás de melhores condições de trabalho e salário.

Este é o maior número de demissões voluntárias desde 2005 e a maior participação no total de desligamentos – 33,48%, segundo estudo feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), publicados pelo G1 nesta quinta-feira (11).

De acordo com o estudo, os que mais pediram demissão foram os trabalhadores da área de Tecnologia da Informação(TI) com mais anos de estudo.

. 48,2% dos pedidos de demissões foram feitos por trabalhadores de nível superior;

. 25,4% tem o ensino fundamental incompleto;

. 57,3% do total dos que pediram demissão são do sexo masculino;

. 42,7% são mulheres.

A pesquisa mostrou que também houve aumento na proporção de pedidos de demissão em todas as faixas de idade.

Entre os motivos para os pedidos de demissão estão:

  • preferência por novas modalidades de trabalho
  • globalização do mercado, com a possibilidade de profissionais brasileiros atuarem em empresas estrangeiras
  • sem sair do país
  • maiores salários
  • questões pessoais
  • busca por novos desafios profissionais

Quem mais se demitiu

Seis das dez ocupações no topo do ranking são da área de Tecnologia da Informação: engenheiro de aplicativos em computação, analista de desenvolvimento de sistemas, administrador em segurança da informação, programador de sistema de informação, engenheiro de sistemas operacionais em computação e gerente de projetos de tecnologia da informação.

Fonte: Redação CUT